Procura aê!

sábado, 27 de novembro de 2010

ILUSTRA [01]

Inauguro uma nova série aqui no Blog, onde irei postar fotos que eu julgar interessante e tirar por aew, agora que comprei um celular com uma câmera melhor. Rá!
Ta ai a primeira, Dilúvio em pleno sábado em Cuiabá 20-11-2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Poemas???

Não sou bom com poemas, mas eis minha primeira tentativa. Penso que não esteja muito concreto, mas vamos lá:

                                   IR


A manhã escura, demora a clarear.
Os trovões ao longe ecoando pelas serras,
Parecem querer acordar o sol,
Para enfim o gigante despejar seu calor.

Os pássaros começam a bater em revoada,
Buscando seu café da manha.
As flores começam o desabrochar,
Na linda manhã de primavera.

O barulho da água no riacho,
É o único que não cessa com a madrugada.
Mas ao nascer do sol, é suprimido pelos sons...
Da mãe natureza.

Respiro o ar puro e deito-me nas sombras
Olho para o céu e vejo o casal de canários a cantar
Tenho aqui tudo que preciso
Para que exitar em ir embora?


ficou bom?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cenas do Cotidiano [4]

O horário de almoço hoje estava com um clima até que um tanto agradável.
Não tínhamos o clima frio da Europa, mas também não tínhamos o calor de 50º de Hell City, enfim, um clima gostoso.
Pouco mais de meio dia, meu horário habitual de almoço, porém hoje, não quis enfrentar a “infinita” variedade do restaurante do serviço, graças a um desarranjo intestinal que me ocorreu na alvorada matinal, logo após as 4 despertadas do relógio do celular. Decidi comer algo mais Light que a comida gordurosa, apesar das colegas insistirem para almoçar com elas, preferi comer um salgado assado de frango, acompanhado de uma coca cola lata.
Sentado na lanchonete, admirando a paisagem e deliciando meu “almoço”, eis que surgem duas figuras distintas, dois garotos de seus 11, talvez 12 anos em duas bicicletinhas velhas.
Enquanto um beradeou o balcão onde ficam expostas aquelas delicias salgadas, o outro ficava olhando de longe.
O que desceu da bicicleta e foi escolher o salgado, prontamente o pegou e saiu comendo, deixando o outro para trás, talvez vendo que aquele pedaço de massa recheado mal dava para ele, nem ao menos ofereceu ao seu parceiro de peripécias.
Vi naquele olhinho guloso do amigo faminto, a dor, a dor que a fome trás, apesar de que graças a Deus, nunca a tenha sentido, imagino como deve ser.
Paguei minha conta e sai atrás daqueles dois moleques, os observando de longe. Pedalavam suas bicicletas por entre as arvores do pátio do meu serviço e por entre as pessoas. Alcancei-os quando estavam a uns 100 metros da lanchonete, qual foi a surpresa do menino, quando assustou que eu já estava ali, pois tinha me visto na lanchonete.
Perguntei-o se queria comer um salgado.
Ele me respondeu com os olhinhos baixos:
 - Eu queria, mais não tenho dinheiro
Aquilo me ardeu por dentro. Como um país rico e poderoso como o nosso, ainda somos obrigados a ver uma cena como essa? Uma pobre criança sem ter o que comer.
Chamei-o para voltarmos a lanchonete, pois eu iria pagar um lanche para ele. Seus olhinhos se arregalaram com a proposta, prontamente aceita.
No caminho por entre as arvores até a lanchonete, contou-me que trabalhava de picolézeiro ali, mas já tinha vendido todo o picolé que tinha pego no dia anterior, estando ali apenas para receber um presente de alguém que ele não disse, e eu muito menos perguntei. Indaguei-o apenas qual o motivo dele ser presenteado, eis que ele me respondeu que na semana que se passou tinha feito doze anos.
Ao chegar a lanchonete, agora mais cheia, entrei com ele. As pessoas o olhavam um tanto quanto indiferente: Roupinhas velhas, sujinho, negro, o nosso “bom e velho” preconceito atacando novamente.
Cheguei com ele a frente do balcão e disse:
- Escolhe!
Após muito analisar, escolheu um de frango, por sinal, o mesmo que a alguns minutos atrás eu tinha comido.
Pedi para a garçonete esquentar e trazer uma coca lata.
Ela trouxe, eu o entreguei e disse que o salgado era pra ele, e o refrigerante para dividir com o amigo.
Todos ficaram olhando torto pra mim por causa daquela cena, inclusive a garçonete.
Paguei, enquanto ele foi la fora se encontrar com o amigo.
Passei por ele e perguntei se estava bom, ele prontamente me respondeu que sim com a cabeça, já que estava com a boca cheia.
Não esperei receber um muito obrigado, ou nada parecido, só de ver aqueles olhinhos famintos, matando fome, já foi um agradecimento e tanto.